terça-feira, 24 de março de 2020

Qual a probabilidade de sucesso ao seguir a dieta tradicional?

Qual é a possibilidade de sucesso que uma pessoa tem em perder peso seguindo as estratégias atuais?

A melhor forma de responder a esta questão é o estudo de Fildes et al. de 2015. Foi feita uma análise ao sistema de saúde britânica e essa análise envolveu 76.074 homens e 99.791 mulheres.

Estas pessoas foram acompanhadas durante 9 anos em tentativas de perder peso no sistema de saúde britânico. O que é importante neste estudo é: o que é que se considera emagrecimento.

O que se considera como mínimo para uma pessoa emagrecer de forma a melhorar a saúde seria ter uma perda de 5% do seu peso inicial. Atenção que esta pessoa não se vai tornar magra.

Por ex: uma pessoa que pese 150kg – 5% desse peso é perder 7,5kg, então esta pessoa deixa de ter 150kg para ter 142,5kg. Isso é o mínimo para a pessoa ter uma melhoria na saúde.

Então qual é a possibilidade de uma pessoa perder 5% do seu peso num ano?

De acordo com o estudo, em cada 12 pessoas apenas 1 perdeu 5% do peso num ano. Mas esta não é a pior parte. A pior parte é que metade delas vão recuperar esse peso no ano seguinte.

Então se a pessoa não está a conseguir perder 5% do peso o que estará a acontecer? Se as estratégias convencionais não estão a resultar porque continuamos a insistir?

Sucesso: Porque não estamos a conseguir emagrecer?

As pessoas não estão a emagrecer! Cada vez mais se ouve mais notícias sobre o facto de as pessoas estrem cada vez mais obesas.

É comum pensar que emagrecer é apenas uma questão de balanço energético. É saber quanto se gasta e quanto se consome e mexer num dos lados da balança. Ou seja, quantas calorias ingere e depois faz-se uma estimativa de quantas gasta. Existem diversos estudos que falam desta aplicação.

Para perder 1kg de gordura é preciso gerar um défice de 7.720 kcal.

Será que emagrecer é assim tão simples? Será que basta a pessoa fazer exercício físico para gerar um défice calórico?

Uma das estratégias é mexer no metabolismo.

Quando fazemos um treino intervalado, por exemplo um sprint, estamos a “destruir” as reservas de glicogénio. Mas, quando vamos para casa e nos alimentamos e descansamos, fazemos a super compensação.

Durante muito tempo acreditou-se que o método metabólico era fundamental para “queimar” gordura. Então fazia-se atividade física de longa duração e intensidade moderada para “queimar” gordura.

O que é que estava a acontecer com as reservas de gordura quando a pessoa estava a fazer exercício físico?

Estava a “queimar”, mas quando ia para casa e restabelecia, voltava ao padrão normal.

Não quero dizer que o exercício físico engorda. Mas o corpo reage ao que se faz, e uma forma de reagir é super compensar o tecido que está a usar.

O corpo reage aos nós fazemos. Seja isso exercício físico ou alimentação. E isso em conjunto é que sabota o sucesso na perda de peso.

A importância de não desistir para alcançar o sucesso

Por exemplo pessoas que vão fazer um programa de exercício físico até têm resultados animadores no início. Contudo, após algum tempo o nosso corpo começa a reagir de maneira diferente.

Parece que depois de algum tempo o corpo entende que a pessoa se vai manter naquele estado “não favorável” e o corpo percebe.

É como se ele dissesse: “ok, eu tenho de adotar medidas para sobreviver e pode ser através do metabolismo de repouso ou vou passar a armazenar mais energia através da gordura.”

O que quero explicar é que não é o exercício físico que te vai fazer engordar. Mas dependendo de como fazes exercício físico o teu corpo parece adotar medidas para preservar as reservas energéticas.

Assim, se queres ter sucesso neste processo não podes deixar que o teu corpo te continue a sabotar.

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